sexta-feira, 31 de julho de 2009

Gladiadores ou leões na arena de hoje?

É preciso refletir e deixar a vida entrar pela janela

Nas arenas, a mais famosa era o Coliseu de Roma, os gladiadores lutavam entre si, utilizando vários armamentos como, por exemplo, espadas, escudos, redes, tridentes, lanças, etc. Participavam também das lutas montados em cavalos ou usando bigas (carros romanos puxados por cavalos). Muitas vezes estes gladiadores eram colocados na arena para enfrentar feras (leões, onças e outros animais selvagens). O combate entre gladiadores terminava quando um deles morria ou ficava ferido com impossibilidade de continuar a luta.

A luta entre gladiadores fazia parte da política do "pão-e-circo" instituída no Império Romano, cujo objetivo principal era amenizar a revolta dos romanos com os problemas sociais.

O despertador toca novamente e é como se fossemos soltos das jaulas. Tomamos o banho e o café matinal nos preparando para mais uma jornada. Tudo é feito de forma mecânica às pressas. Enfrentamos os ônibus lotados, o trânsito caótico, as buzinas disparando... Pessoas estressadas, sem brilho nos olhos, com todas as preocupações estampadas no rosto...

Gente cada vez mais doente por uma alimentação precária nos fast-foods, "colocando pra dentro" qualquer coisa que dê tempo de absorver; fumando um cigarro após o outro pra "agüentar" a pressão.

O contato humano cada vez mais escasso, afinal hoje se pode mandar um abraço para as pessoas que mais se ama por e-mail ou pelo celular. Ligamos a tv no noticiário, compramos o jornal, acessamos os sites na Internet as notícias sempre as mesmas quem morreu dessa vez? Qual bomba foi lançada? Que guerra começou? Um novo flagrante de pedofilia. Fome em diversos países.

Ah, mas que bom que no meio disso tudo tem o futebol pra nos entreter e nos divertir! Ufa... Será mesmo? Mais uma vez a política pão-e-circo se repete e todos nós talvez estejamos numa grande arena assistindo e aplaudindo as mesmas cenas de épocas atrás.

Somos leões loucos e famintos de coisas que nem sabemos o que? Ou gladiadores lutando e nos defendendo para continuarmos vivos?

Quantas vezes agimos ainda em nosso estado mais primitivo, negando tudo o que a nossa alma nos pede?

No fim do dia, quantas vezes somos corpos entregues à cama sem força, sem prazer e sem energia?

Precisamos ter coragem de ver o que estamos fazendo conosco e para onde estamos indo.

Observarmos as prioridades de nossa vida, se estamos dando atenção a elas, se estamos negando a nós mesmos, com a desculpa de estarmos cuidando de outros.

Estamos nos escondendo atrás dos problemas que nós mesmos criamos? Acreditamos verdadeiramente que somos capazes de realizar mudanças?

É preciso observar se estamos sabotando tantas oportunidades de expandir nossas emoções. Se estamos nos permitindo sentir a vida.

Precisamos ter coragem de sair das arenas e ver novas paisagens:

Experimentar calor humano;

Largar o telefone, o computador e nossas zonas de conforto para irmos abraçar alguém que amamos;

Olhar cada um nos olhos para marcar o espírito das pessoas com nossa presença de luz; Afagar e ser afagado;

Vivenciar o quanto realmente não podemos viver numa ilha, pois precisamos uns dos outros; Perceber que a gratidão é o melhor caminho para a felicidade.

E que saibamos ofertar ao outro tudo aquilo de que verdadeiramente nos alimentamos. Nem pão, nem circo, mas as coisas que fazem a vida sim, valer a pena!

Que pratiquemos ver, sentir, ouvir e respirar a essência de todas as coisas!

Fernanda Lopes é terapeuta holística, palestrante motivacional, escritora e presidente da ONG - Associação Voluntários da Esperança

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Mae West


Mae West, nome artístico de Mary Jean West, foi uma atriz e dramaturga Norte Americana, famosa por sua atitude atrevida e irreverente. É considerada como o primeiro símbolo sexual igualmente louro e inteligente da história do cinema.
Era conhecida por suas frases picantes do tipo: "Isto que estou vendo em seu bolso é uma arma ou você está contente em me ver?".
Dotada de grande ironia e curvas sinuosas que exibia em poses lânguidas e provocativas, foi uma mestra nas frases de duplo sentido e apareceu no firmamento cinematográfico escandalizando a América puritana do seu tempo.

Algumas Máximas de Mae
"A melhor forma de se comportar é se comportar mal."
"Entre dois males, sempre escolho o que nunca experimentei."
"Todo homem que encontro quer me proteger. Não consigo descobrir do quê."
"Vejo que você é um homem com ideais. Melhor ir embora enquanto você ainda os tem."
"Não são os homens em minha vida que importam, mas a vida em meus homens."
"Isso é uma arma em seu bolso ou você está feliz por me ver."
"Quando sou boa, sou muito, muito boa, mas, quando sou má, sou melhor ainda."
"Melhor uma garota no conversível que cinco no caderninho de telefone."
"Cérebro é uma vantagem para a mulher apaixonada, desde que seja esperta o suficiente para esconder que o tem."
"Ame o próximo. E, se ele for alto charmoso e bonito, vai ser muito mais fácil."
"Nunca cometa o mesmo erro duas vezes. A não ser que tenha sido bom."
"Particularmente, gosto de dois tipos de homens, nacionais e estrangeiros."
"Tenho pensado muito em você ultimamente. Você deve estar exausto."
"Sou uma mulher de poucas palavras, mas muita ação."
"Não é pecado rachar algumas leis aqui e ali, desde que você não quebre nenhuma."

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fotografia 3x4


Belchior

Eu me lembro muito bem do dia em que eu cheguei
Jovem que desce do norte pra cidade grande
Os pés cansados e feridos de andar legua tirana...nana
E lágrima nos olhos de ler o Pessoa
e de ver o verde da cana..
Em cada esquina que eu passava
um guarda me parava, pedia os meus documentos e depois
sorria, examinando o três-por-quatro da fotografia
e estranhando o nome do lugar de onde eu vinha.
Pois o que pesa no norte, pela lei da gravidade,
disso Newton já sabia! Cai no sul grande cidade
São Paulo violento, Corre o rio que me engana..
Copacabana, zona norte
e os cabares da Lapa onde eu morei
Mesmo vivendo assim, não me esqueci de amar
que o homem é pra mulher e o coração pra gente dar,
mas a mulher, a mulher que eu amei
não pode me seguir não
esses casos de familia e de dinheiro eu nunca entendi bem
Veloso o sol não é tao bonito pra quem vem
do norte e vai viver na rua
A noite fria me ensinou a amar mais o meu dia
e pela dor eu descobri o poder da alegria
e a certeza de que tenho coisas novas
coisas novas pra dizer
a minha história é ... talvez
é talvez igual a tua, jovem que desceu do norte
que no sul viveu na rua
e que ficou desnorteado, como é comum no seu tempo
e que ficou desapontado, como é comum no seu tempo
e que ficou apaixonado e violento como, como você
Eu sou como você. Eu sou como você. Eu sou como você
que me ouve agora. Eu sou como você. COmo Você.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Ah! Homens...


Silêncio é sinônimo de mistério. E mistério é abstrato. Homens não sabem lidar com o implícito. Não é algo em que eles possam dar uma gravata, uma chave de braço e derrubar no chão. Desconhecer nossos próximos passos os desestabiliza. Mesmo que não sejam culpados, nosso silêncio aumenta o remorso que eles sentem. Na cabeça de um homem, a mulher é o sexo frágil. E nossa fragilidade merece proteção. É instintivo, ele vai começar a sentir ímpetos de confortar você, de pedir desculpas. Arranjará motivos para encontrá-la ‘sem querer'. Mantenha-se gostosa neste período. As chances de reencontro são altíssimas. Quem gosta de definições e pontos finais são as mulheres. Os homens gostam de reticências que levam a uma próxima vez. Engolir uma resposta nos dá a vantagem da réplica. Parabéns se você conseguir sumir de vista por uns tempos, o efeito bumerangue será total. Desconhecer o seu paradeiro e o que você está sentindo vai levá-lo a alimentar o pior pesadelo de um macho: você vai dar para outro. Quando um homem está em crise, some ou pede um tempo, significa que ele quer dar um tempo de você. Leia-se: Não existe homem confuso, existe homem comprometido. É claro que eles replicam essa lógica para cima de nós. Pois alimente a neurose dele. Depois sente e espere. É no seu divã que ele vai deitar. Homens detestam lágrimas. Eles não podem ver uma mulher chorando por não saberem lidar com as próprias lágrimas. Para um homem chorar, a angústia tem que ser imensa. A tristeza, abissal. A dor, insuportável. E qual o comparativo que usam? De novo: o deles mesmos. Ao verem uma mulher em prantos, pensam: "Ela deve estar sofrendo muitíssimo.O que pode até ser verdade mas, em geral, não é. Mulher chora por qualquer coisa. A gente tem cólica e chora, ouve uma música romântica e chora, quebra a unha a caminho da festa e, se estiver na TPM, chora. Isso não nos torna mais fracas. É uma simples reação física. Toma-se água, pronto, repõe-se o líquido perdido. Chorar pra nós não é o fim do mundo, é uma ducha de dentro pra fora."Acho que você é ótimo", fui sincera. Tudo o que eles querem é elogios. "Acha mesmo?", quis saber. "Quais das suas mil qualidades você quer que eu destaque?", sorri. Inseguros, eles precisam de incentivo constante. "O problema é que você é gostosíssimo, as mulheres ficam loucas", eles amam superlativos. Homens necessitam ouvir que você também os deseja. Tudo o que eles querem é ser amados. Por todas. Sim, você faz parte do ‘todas'. "Aceita um vinhozinho?". Eu também.

Mantenha a chama acesa


Os homens se sentem atraídos pelo mistério. Procure manter seus segredos e sua particularidade. Os homens ainda não estão preparados (e nem querem) saber como tudo funciona para você. Em outras palavras, seja todo dia uma mulher diferente, não seja previsível. Santa hoje, ousada no outro dia.....

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Amor-vampiro


Meu coração batia forte, descompassado. Meus olhos ficavam cegos em torno das lembranças de nós dois, minha vitalidade era visível. Era como se estivesse contaminada por algo que não conhecia. Sentia-me a mulher mais interessante que existia. Fugia de problemas, queria viver só o lado bom da vida - e ele era esse lado. Era a melhor coisa que já tive, o calor mais quente que me invadiu. Subi aos céus na noite que ficamos juntos, o sexo foi tudo de melhor. E que beijos!

Queria entrar pelo seu peito, não me bastava ser sua, meu coração queria encontrar o seu, ser possuído. Fazer das minhas vontades as suas. As horas foram poucas, queria mais. Daria meu sangue pelo dele, para que corresse em minhas veias.

As horas foram de loucura. Magia de caldeirões experientes. Poções mágicas guardadas em tesouros.

Sentia, porém, que algo de humano tinha ficado para trás. Fiquei como "morta-viva" Queria fazer sexo todos os dias, e por horas seguidas. Dormir? Jamais! Não queria perder tempo, não estando com ele. Quase perdi o controle. E a realidade me acenou por um instante: eu amei um vampiro! Fui sua vítima. Fui devorada, passando também a ser devoradora. Só com ele queria sobreviver. Depois de deixar-me ser dominada, veio a verdade: sua fome devoradora tinha acabado, percebi que ele tinha se saciado comigo. Tornei-me um tormento para mim mesma. Tinha sido vampirizada. E agora, o que faria? Ele se foi, e nem mesmo possuía o meu sangue. Nada corria dentro de mim que não fosse dele. Nem se deu conta do sofrimento que eu sentia. E por acaso vampiros têm alma? No meu colo ficaram as marcas de suas garras cruéis - percebi que me entreguei a um homem-vampiro - mas uma lança perfurou meu coração e, como reza a lenda, "renasci". Sangrei. Mas libertei-me do vampirismo que sofri. Segui em frente.

Foi difícil. Cada noite imaginava suas mãos sobre o meu corpo. Dediquei-me a outras coisas, mudei meu foco e tentei não mais sentir sua presença. Ainda penso nos seus olhos que me hipnotizaram. A sua boca macia. Imagens criadas pela loucura de quem sufocou um amor-vampiro. Aprendi que eu me permiti ser vampirizada. Criei defesas, mas não estava preparada para ser atacada por alguém que só deseja alimentar-se de outra vida para ficar de pé.

Depois dessa, desfiz-me da mania de estar sempre achando que só sendo inteiramente de um homem seria feliz. Exercitei a auto-estima para poder fazer minhas escolhas. Ele me ensinou a decifrar os enigmas dos sentimentos que me deixavam idiota, preparando-me para uma nova história, menos radical e mais racional. Aceitei a minha condição de mortal, ele aos poucos vai sumindo das minhas lembranças. Assumi a responsabilidade em ter dado meu sangue como seu alimento. E agora sei: um vampiro só consegue sobreviver se alguém for sua vítima.

domingo, 2 de novembro de 2008

NOSSA LOUCURA DE TODOS OS DIAS

Este não é o tipo de loucura que interna alguem num manicômio. É, aliás, um tipo de loucura muito bem aceito e praticado em nossa sociedade. É a loucura que nos faz lutar pelo controle da nossa vida e da de todos que fazem parte dela. Sabe qual é? É a loucura que nos leva a nos esforçamos desesperadamente, a nos empenharmos para realizar cada vez mais, cada vez melhor, para irmos cada vez mais longe. Infelizmente, como estamos loucos, podemos até passar mesmo na frente dos outros, ganhar todas, sermos eleitos os melhores e, ainda assim, achar que não é sufuciente. Você conhece essa loucura, porque ela atormenta mais da metade da população adulta, na maioria dos países. Ela faz com que pessoas inteiramente capazes e competentes se eternizem em empregos que as fazem infelizes. Que permaneçam em relacionamentos nos quais traem ou são traídas, porque não há laços afetivos honestos e verdadeiros. Elas se envolvem em toda espécie de situações nas quais são maltratadas, desvalorizadas, destruídas, ignoradas, roubadas de sua humanidade. Essa loucura se instala em nós quando nos esquecemos ou desconhecemos quem caminha ao nosso lado e quem vive dentro de nós. Este esquecimento fecha a nossa alma.
Se você tem esses sintomas, cuidado! A pessoa com essa loucura pode andar por aí convencida de que está bem. Aliás, a maioria dos loucos faz isso. Tenha cuidado, pois por trás da fachada de que "está tudo bem" pode haver um fundo maligno de medo, confusão e tristeza corroendo a alma. À medida que a alma vai sendo corroída, os dias se transformam numa série de tarefas enfadonhas. As pessoas à sua volta tornam-se muletas e vítimas ou passam a ser vistas como opressoras. Se você estiver sentindo que alguma coisa, ou tudo, está desmoronando, preste atenção! Pode ser o primeiro sinal de que a loucura está à espera de uma oportunidade para tomar as rédeas da situação, anuviar sua mente e destruir seu espírito. Se isso acontecer, alguma parte sua está prestes a se fechar. E ela precisa se fechar para que você sobreviva. Mas se identificar esses sintomas em você ou em alguem conhecido, aqui vai um conselho: Abra-se. Algo muito maior que você está acontecendo.